Ministério da Saúde preparou 100 mil cartazes e 500 mil folders sobre a Aids.
Plano também prevê agendas afirmativas para grupos.
O Ministério da Saúde lançou nesta terça-feira (25) o Plano Nacional de Enfrentamento da Epidemia de Aids e das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) entre Gays, HSH (Homens que fazem Sexo com Homens, mas que não se assumem como homossexuais) e Travestis.
O principal objetivo da iniciativa é combater os casos de Aids, principalmente entre jovens de 13 a 19 anos de idade, faixa etária na qual se observa uma relevante tendência de crescimento de pessoas infectadas, segundo o ministério.
Elaborado em parceria com o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) e representantes da sociedade civil, o plano prevê uma série de ações para combater a Aids e a homofobia.
A população de gays e HSHs, entre 15 e 49 anos, foi estimada em 1,5 milhão de pessoas. Segundo o ministério da Saúde, a incidência de Aids nesse segmento é 11 vezes maior que a da população em geral
O Ministério da Saúde preparou 100 mil cartazes e 500 mil folders com informações sobre a prevenção contra a Aids. Esse material será distribuído para organizações da sociedade civil e lugares freqüentados pelo público gay, como bares, boates e festas.
Agendas afirmativas
Também foram estabelecidas agendas afirmativas para gays, HSHs e travestis, que prevêem, entre outras coisas, a promoção de políticas e ações para o enfrentamento das DSTs, o fornecimento de metodologias de prevenção e a garantia dos direitos humanos para gays, HSHs e travestis infectados.
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, destacou a importância do ativismo e da participação dos movimentos gays na construção de políticas públicas. "Ainda temos desafios que precisam ser superados. A queda do nível de casos entre HSHs ficou abaixo do esperado", comentou.
Toni Reis, presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), elogiou a iniciativa do governo. "Era tudo o que queríamos, um plano contra a Aids voltado para os gays. Precisamos de políticas públicas voltadas para a nossa comunidade", disse.
'Homofobia institucionalizada'
O presidente da ABGLT enfatizou a importância de se combater a homofobia no país. “É preciso combater o preconceito para combater a Aids. Ainda vemos casos de homofobia institucionalizada, em que secretarias de saúde de alguns estados ainda têm preconceitos na adoção de medidas de prevenção para gays", criticou ele, que não quis mencionar quais seriam esses estados.
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